MACEIÓ, Brasil (AP) — Esta parte de Maceió, capital do estado de Alagoas, no nordeste do Brasil, costumava vibrar com os sons de carros, comércio e crianças brincando. Ele ficou em silêncio quando os moradores saíram em massa, ansiosos para escapar da destruição iminente de suas casas, que estavam rachando e desmoronando.
Sob seus andares, o subsolo está repleto de dezenas de cavidades: o legado de quatro décadas de mineração de sal-gema em cinco bairros urbanos. Isso fez com que o solo acima se assentasse e as estruturas acima dele começassem a desmoronar. Desde 2020, as comunidades foram esvaziadas porque milhares de moradores aceitaram pagamentos da petroquímica Braskem para se mudarem.
Vários dos que ficaram disseram à Associated Press que o chão sob seus pés parece queijo suíço. Ainda assim, Paulo Sergio Doe, 51 anos, diz que nunca sairá de sua casa no bairro do Pinheiro onde cresceu.
“A empresa não pode fazer o que quer da noite para o dia com as vidas e histórias de tantas famílias”, disse em entrevista fora de sua casa.
A Braskem é uma das maiores empresas petroquímicas do continente, principalmente de propriedade da petrolífera estatal brasileira Petrobras e da gigante da construção Novonor, anteriormente conhecida como Odebrecht.
A empresa não está despejando ninguém à força, embora aqueles que ainda estão aqui digam que se sentem assim. 97,4% das casas afetadas, mais de 14.000, já estão vagas, disse a Braskem ao relatar seus resultados de 2021 na quinta-feira.
Os 55.000 evacuados deixaram para trás não só vizinhos e amigos, mas também empregos. Eles fecharam 4.500 empresas, a maioria de pequeno e médio porte, apoiando 30.000 pessoas, de acordo com um estudo da Universidade Federal de Alagoas publicado no ano passado. Entre esses negócios estavam supermercados e uma escola de balé que funcionou por 38 anos, de acordo com Adriana Capretz, parte da força-tarefa da universidade para monitorar bairros.
O êxodo é evidente de cima; os moradores que saem estavam tentando vender tudo o que podiam por dinheiro extra, incluindo telhas. Seu retiro permite que eles vejam os espaços internos que antes eram ocupados.
O valor oferecido pela Braskem não foi suficiente para Natalícia Gonçalves. A professora aposentada, de 77 anos, também disse que se sentia velha demais para recomeçar. Então ele viu como todos em Pinheiro estavam saindo. Ele agora vive dentro de uma fortaleza improvisada atrás de mesas e plantas destinadas a dissuadir ladrões em potencial. Os seguranças da Braskem fazem rondas em motocicletas, interrompendo brevemente o silêncio perturbador da noite.
“Eles já fizeram de tudo para me forçar a ir, mas eu tenho meus direitos”, disse ele por trás do exterior fortificado de sua casa. “Estou com medo, especialmente à noite, quando não há ninguém por perto. A luz está fraca, quase não existe. Eu me protejo com minhas plantas, mas estou sozinho, com Deus”.
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David Biller contribuiu do Rio de Janeiro.
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