Devido ao conflito de interesses, o conselho de administração da SURA declarou-se impedido de decidir sobre a oferta pública de aquisição da Nutresa

A decisão-chave para continuar esse movimento do mercado de ações será tomada em uma reunião extraordinária convocada na manhã desta quinta-feira em Medellín.

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Foto de archivo. Vista general del edificio del colombiano Grupo SURA en Medellín, Colombia, 27 de febrero, 2018. REUTERS/Fredy Builes
Foto de archivo. Vista general del edificio del colombiano Grupo SURA en Medellín, Colombia, 27 de febrero, 2018. REUTERS/Fredy Builes

Sem uma decisão clara sobre a terceira oferta pública de aquisição - opa - apresentada pelo grupo Gilinski sobre a Nutresa, a Assembleia Extraordinária de Acionistas do Grupo Sura em Medellín foi concluída.

Por enquanto, esta terceira oferta pública de aquisição mantém a data de 25 de abril, apesar do fato de que cinco dos sete membros do Conselho de Administração expressaram abertamente um conflito de interesses em relação a esse movimento do mercado de ações.

Essas pessoas são: Jorge Mario Velásquez, Alejandro Piedrahita, Carlos Ignacio Gallego e Gabriel Gilinski como membros patrimoniais; e José Luis Suárez Parra como independente.

De acordo com informações fornecidas pela Bloomberg Colômbia, os sócios da empresa concordaram em não autorizar os cinco membros mencionados acima a tomar decisões sobre a oferta pública de aquisição, sendo os dois restantes responsáveis por decidir sobre esta situação: María Carolina Uribe e Jaime Bermudez.

Além disso, na reunião da Argos — onde os Gilinskis têm assento — os sócios decidiram que cinco membros do Conselho de Administração da empresa poderiam, ou não, vender as ações da Nutresa e na atual oferta pública de aquisição. A diferença com a Sura é que a decisão cabe exclusivamente aos membros independentes.

São eles: Rosario Córdoba, Ana Cristina Arango, Armando Montenegro e Jorge Uribe. O quinto membro é Claudia Betancourt, gerente geral da Amalfi, com participação em ambas as empresas.

No que diz respeito à oferta pública de aquisição oferecida pelos Gilinskis, há dois caminhos a serem explorados nas próximas horas: o primeiro é nomear um conselho ad-hoc, enquanto o segundo é explorar uma alternativa dos parceiros para decidir o futuro desse movimento.

A reunião extraordinária de Nutresa, na qual os conflitos de interesse expressos nesta nota serão decididos, será realizada no Teatro Jorge Tobón Uribe, na cidade de Medellín, em 21 de abril, a partir das 8h.

Gilinski estendeu o prazo para a compra de ações da Nutresa

Gilinski busca hacerse a control de empresas antioqueñas gracias a tercera oferta de adquisición pública en bolsa de valores de Colombia
Gilinski busca hacerse a control de empresas antioqueñas gracias a tercera oferta de adquisición pública en bolsa de valores de Colombia

O grupo Gilinski, por meio da empresa Nugil, lançou no final de fevereiro a terceira OPA da Nutresa, na qual os conglomerados buscam adquirir entre 9,6% e 12% das ações. Nesta terça-feira ele anunciou a prorrogação do prazo para a OPA pela empresa, sendo esta a única oportunidade de modificar o processo atual.

De acordo com a Bolsa de Valores da Colômbia, citada pelo jornal El Colombiano, houve 122 aceitações até o momento, representando 311.105 ações correspondentes a 0,07% dos títulos em circulação da empresa de alimentos.

Deve-se lembrar que os Gilinskis e Nugil possuem 30,8% das ações da Nutresa, mas aspiram a ser cerca de 40% do conglomerado de alimentos, então terão que comprar em sua nova oferta um total de entre 43,9 milhões e 54,9 milhões de ações.

Para o efeito e tendo em conta o adiantamento das aceitações, decidiu prorrogar o prazo para a oferta pública de aquisição. Inicialmente, ele havia sido aumentado de 6 para 25 de abril, mas usando a única modificação possível, estendeu o período de compra até 16 de maio.

Gilinski também fez um alerta na reunião realizada esta manhã. “Lembro que não se pode atuar como um grupo e esta oferta deve ser analisada apenas, e repito apenas, em benefício dos acionistas do Grupo Argos, incluindo todas as minorias, todos os que estão aqui presentes e os fundos de pensões”, comentou o empresário.

É importante lembrar que nesta terceira oferta pública de aquisição, o valor pago por cada ação é de US$12,58, equivalente a 47.015 pesos colombianos, dependendo da decisão do acionista que decide vender. O jornal La República informou que esse valor representa 20% a mais do que o oferecido na segunda OPA e 63,1% em relação à primeira.

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