Hernando Cevallos defende compra de vacinas da Astrazeneca: “O problema é que a taxa de vacinação desacelerou”

Ele respondeu ao ministro Hernán Condori, que responsabilizou seus antecessores. Cevallos destacou que a desaceleração da vacinação é a culpada pelo acúmulo de vacinas.

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A questão da desaceleração da vacinação e da expiração antecipada de um grande lote de vacinas está chamando a atenção de muitas pessoas do setor de saúde. Quando perguntado sobre isso, o ministro da Saúde, Hernán Condori, disse que a expiração das vacinas é de responsabilidade de seus antecessores no Ministério da Saúde (Minsa). Sobre isso, o ex-ministro Hernando Cevallos apontou que o problema é a baixa taxa de vacinação, que causa vacinas para acumular.

O atual ministro da Saúde havia sido consultado sobre um lote de vacinas COVID-19 do laboratório da AstraZeneca, que expiraria em breve no final de março. Isso foi depois que a Controladoria emitiu um relatório, relatando que um total de 205.285 frascos de AstraZeneca A vacina comprada para proteger as pessoas contra a COVID-19 expirará em 31 de março.

As garrafas estão avaliadas em S/ 57 milhões 46 mil 215 soles, o que representaria uma grande perda para o Estado.

Nesse sentido, Condori disse que a responsabilidade recai sobre os anteriores ministros da Saúde, Hernando Cevallos e Oscar Ugarte, que inicialmente administraram as vacinas.

CEVALLOS RESPONDE

No entanto, o ex-chefe da pasta da Saúde, Hernando Cevallos, disse que as vacinas tinham contrato desde 2020 e chegaram ao país com meses de atraso. Naquela época, as perspectivas para eles já eram desfavoráveis desde o início e justificavam uma implementação antecipada.

“Na verdade, é bom esclarecer, parece que o ministro não fala com a menor precisão. De fato, essas vacinas da AstraZeneca foram compradas em dezembro de 2020, em condições não muito favoráveis. Essas vacinas chegaram atrasadas e também são vacinas que têm um tempo de validade muito curto. Este contrato foi obviamente concluído em 2020 e não havia condições para rediscutir as melhorias no contrato pelo Dr. Mazzetti na época”, disse o Canal N.

No entanto, Cevallos ressaltou que o problema com as doses da AstraZeneca que podem expirar no final de março não é que elas tenham um curto tempo de validade; isso é algo que já se sabia sobre o laboratório. Em vez disso, o problema está na recente desaceleração da vacinação em nível nacional.

“O problema que temos é que a velocidade da vacinação no último mês caiu substancialmente. Para que tenhamos uma ideia, em 5 meses chegamos às 50 milhões de doses aplicadas e fizemos isso porque tínhamos as brigadas ativas, porque havia uma descentralização da vacinação. E o que acontece é que no último mês aproximadamente a velocidade de aplicação da vacina diminuiu em mais de 50%, disse o ex-ministro.

“Principalmente no último mês, onde estamos vacinando praticamente menos de 50% do que estava sendo vacinado. Então isso faz com que as vacinas, que têm prazo de validade curto, se acumulem, não sejam aplicadas rapidamente, acrescentou.

OS LOTES EXPIRARIAM EM MARÇO E OUTRO EM ABRIL

Em uma conversa com a RPP Noticias no início deste dia 22 de março, Hernando Cevallos também falou sobre esses supostos lotes expirados. Sobre eles, ele afirmou que eles estão realmente prontos para vencer no final de março e abril.

Há datas de vencimento em 31 de março e no final de abril, onde expira um lote significativo de vacinas. Na verdade, não é que eles sejam lotes muito grandes, porque eles são cerca de dois milhões. Não esqueçamos que nós, por exemplo, vacinamos quase quatro milhões de pessoas num mês de outubro”, disse na RPP Noticias.