
Alexandra Vela, que estava no comando do Ministério do Governo do Equador desde julho de 2021, apresentou sua renúncia por divergência com o presidente Guillermo Lasso sobre como lidar com a crise de governabilidade entre o Executivo e o Legislativo. Vela recomendou a “morte cruzada”, como é popularmente conhecida como a dissolução precoce dos poderes representativos, mas Lasso não optou por esse mecanismo, mas anunciou que buscará outros mecanismos de governança como decretos, acordos e até a possibilidade de consulta popular.
Em entrevista à Infobae na semana passada, Lasso disse que a morte cruzada não era uma opção, no entanto, segundo Vela, para “preservar a democracia para transformar o país, é necessário aplicar o mecanismo de morte cruzada”, segundo Vela, a antiga ministro juntamente com a cópia de sua renúncia.
Em sua carta de demissão, Vela diz que os legisladores fizeram da política “a expressão de interesses corporativos” e que alguns usaram o cargo para chantagear e extorquir dinheiro. Este último coincide com denúncias feitas pelo presidente Lasso, que revelou os nomes de cinco legisladores que teriam pedido “benefícios econômicos” em troca do voto a favor da lei de investimentos proposta pelo Executivo, que não ganhou os votos e foi negada e arquivada no Legislativo.
“Descobrimos que muitas forças políticas representadas na atual Assembleia Nacional, longe de defender convicções ideológicas e buscar o bem comum, transformaram a política na expressão de interesses corporativos e pessoais e, em alguns casos, usaram a representação concedida nas urnas para chantagem e extorsão, colocando diante de qualquer acordo político, interesses obscuros, até impunidade para aqueles que liquidaram nossa democracia e saquearam recursos públicos, de propriedade do povo”, lê-se no documento.

Para Vela, no Equador, os acordos entre o Executivo e o Legislativo são “impossíveis” porque a atitude dos legisladores “impede o progresso do Equador e a consolidação de sua frágil democracia”. Em sua renúncia, Vela explicou que a insistência de que o presidente optasse pela morte cruzada causou “desconforto” em Carondelet e também causou “inquietação” a Lasso, pelo que Vela pediu desculpas: “Sinto sinceramente”, escreveu o ex-funcionário.
Com a renúncia de Vela, soube-se extraoficialmente que não só ela será substituída, mas que haverá mudanças na estrutura do Estado. Algumas fontes em Carondelet dizem que o Equador terá novamente um Ministério do Interior e um Ministério da Política, ambos fundidos durante o mandato de Lenin Moreno. O atual legislador do partido no poder CREO Francisco Jiménez e o general de polícia Patricio Carrillo seriam os novos secretários de estado. Jiménez seria responsável pela construção de pontes no Legislativo.
Na tarde desta quarta-feira, Lasso anunciará as mudanças em seu gabinete.
Antes da renúncia de Vela, também se sabia que o porta-voz da Presidência, Carlos Jijón, havia renunciado ao cargo. O anúncio foi feito pelo próprio Jijón por meio de sua conta no Twitter.
O Legislativo equatoriano é uma das instituições governamentais mais desacreditadas que gera desconfiança. A última pesquisa de opinião realizada em 14 cidades do Equador revela a falta de credibilidade do Legislativo entre os cidadãos, de acordo com o pesquisador CEDATOS. Os resultados indicam que apenas 11 em cada 100 equatorianos aprovam o trabalho da Assembleia Nacional e apenas 6 em cada 100 confiam na palavra do legislador.
CONTINUE LENDO:
Más Noticias
Sindicato y empleador: Causas de los conflictos laborales
El documento detalla que los tipos de desacuerdo laboral se generan por malentendidos o problemas en la comunicación, sobre los roles y las responsabilidades, cuestionamientos sobre liderazgo y gestión, entre otros

Tragedia en Tenerife: muere una cuarta persona por el fuerte oleaje en Los Gigantes
Varias personas fueron arrastradas por el mar en la piscina natural de la zona, en un episodio que las autoridades han calificado de “muy grave”

Tilsa Lozano revela que fue parte de una persecución a balazos junto a una amiga por un ajuste de cuentas
La figura pública reveló que, a los 20 años, quedó atrapada en una espiral de violencia y peligro que casi le cuesta la vida. También detalló su vínculo con un hombre involucrado en hechos delictivos, el secuestro que sufrió, la balacera en la que quedó en medio y la desesperada fuga que logró para salvarse

Darinka Ramírez y su hija con Jefferson Farfán sufren violento asalto a mano armada: “Qué desastre el país”
La joven madre denunció que fue apuntada con arma de fuego mientras estaba con su pequeña de dos años

Tilsa Lozano revela que sufrió de ansiedad tras terminar con Miguel Hidalgo por ampay: “Había soñado con tener una familia”
“Tuve que apechugar”, entre lágrimas, la exmodelo contó cómo reconstruyeron su vínculo y por qué ahora tienen una relación saludable como padres
