“Intempestiva, politizada e cara”: Germán Vargas Lleras falou sobre a defesa colombiana contra Haia

O líder da Mudança Radical foi cínico sobre a atitude do Governo Nacional quando se tratou de comunicar a decisão do Tribunal Internacional de Justiça.

Na última quinta-feira, 21 de abril, foi anunciada a decisão da Corte Internacional de Justiça de Haia sobre uma ação nicaraguense contra a Colômbia por não respeitar a soberania marítima do país centro-americano. A decisão foi a favor da Nicarágua e, no entanto, a defesa do governo nacional expressou o resultado como um triunfo.

“A Colômbia está satisfeita com o resultado da decisão porque, embora seja verdade que a Corte questiona algumas das ações da Colômbia e considere que podemos ter violado os direitos da Nicarágua, a verdade é que a maioria das questões que a Colômbia queria levar adiante, foi capaz de levá-las adiante. Desse ponto de vista, é muito satisfatório”, disse ao Tiempo o ex-juiz Carlos Arrieta, um dos oficiais de defesa perante o Tribunal de Haia.

Mas não foi a única opinião oficial sobre o assunto, em 21 de abril, quando a decisão foi ouvida, a ministra das Relações Exteriores e vice-presidente Martha Lucia Ramírez disse em um vídeo que publicou: “O importante é que as aspirações da Nicarágua não prosperaram em sua tentativa de negar a Colômbia de ter uma presença e fazer atividades no sudoeste do Mar do Caribe... Temos uma decisão que confirma que as medidas tomadas pela Colômbia como parte de sua estratégia de defesa foram bem-sucedidas”, disse Ramirez.

Read more!

Outra percepção muito diferente foi por parte do regime nicaraguense, que foi favorecido pela decisão do Tribunal Institucional. “A Corte Internacional de Justiça emitiu uma sentença final, final e obrigatória na qual concorda com a Nicarágua, confirmando que a Colômbia implementou uma política estatal que violou a jurisdição”, disse o ditador Daniel Ortega em um comunicado após o resultado ter sido conhecido.

Bem, o líder do Cambio Radical, político e advogado Germán Vargas Lleras se referiu a esta situação, que em uma coluna no jornal El Tiempo, apontou como “intempestiva, politizada e cara” a defesa colombiana perante o Tribunal de Haia, também enfatizou que o Governo não expressou o resultado da decisão objetivamente ou franqueza.

Em sua coluna, o líder do Cambio Radical destacou aspectos como o trânsito em áreas marítimas de pescadores e militares colombianos, fato que, segundo o vice-presidente Ramírez, é um direito que o país ainda preservou, mas Lleras apontou o contrário. “A decisão ordena a cessação de todas as violações mencionadas, o que na prática equivale ao fato de que não poderemos mais continuar pescando na área, não poderemos mais patrulhar sob o argumento da conservação ambiental”, disse.

Outros que não escaparam das críticas de Vargas Lleras foram os responsáveis pela defesa perante a Corte Internacional, como o ex-juiz Calos Arrieta e o ex-presidente da Corte José Cepeda, que receberam aproximadamente 8,7 bilhões de pesos desde o início do processo contencioso em 2013.

“O que eles estão certamente e muito satisfeitos (Arrieta e Cepeda) são seus contratos suculentos no valor de mais de 18 bilhões de pesos que permanecerão em vigor até perdermos, devido aos seus argumentos pobres, teimosos e fracassados, até a última de nossas reivindicações legítimas neste litígio importante”, concluiu Germán Vargas Lleras.

CONTINUE LENDO

Read more!