Felipe Calderón Hinojosa, ex-presidente do México (2006-2012), lembrou a eleição que o levou a se tornar o Executivo Federal e afirmou que não havia nenhum tipo de anomalia eleitoral a seu favor.
Através de sua conta oficial no Twitter, o ex-presidente agradeceu a Arturo Erdély, acadêmico da UNAM, pela análise realizada por Arturo Erdély, que garantiu que não há evidências da fraude eleitoral que alguns setores sociais reivindicaram desde aquela data, especialmente grupos próximos a agora presidente Oficina Andrés Manuel López (AMLO).
Da mesma forma, o político de Michoacán reconheceu que, de sua perspectiva, em 2 de julho de 2006, o então Instituto Federal Eleitoral (IFE) cometeu um único erro e que não foi divulgar a contagem rápida com a qual ele acredita que não teria havido tal boato que continua persistindo.
“Não tenho o prazer de conhecer o Dr. @ArturoErdely, ouvi falar dele pelo seu trabalho revelando dados ocultos na pandemia, mas agradeço a análise, com rigor científico, do 'sorteio técnico': NÃO houve fraude em 2006, o erro: não publicar a contagem rápida que me deu a vitória”, afirmou escreveu nesta terça-feira, 29 de março.
E o fato é que as palavras de Calderón Hinojosa foram em resposta ao fio gerado pelo acadêmico Erdély, onde ele estabeleceu que a contagem rápida de 2006 dava 99,9% de chance de conquistar o Michoacán sobre seu rival mais próximo, AMLO.
Ele também destacou que o IFE decidiu não publicar o estudo porque determinou um “laço técnico”, que, sob sua perspectiva, não existia por ter sido estabelecido por critérios errôneos à realidade.
Por fim, Arturo Erdély indicou que em 2019 retomou essa contagem para, após uma análise, determinar que, mais do que uma fraude, foi uma decisão errada dos consultores técnicos da IFE.
A questão da eleição de 2006 foi revivida quando o papel da contagem rápida foi questionado durante a consulta de revogação de mandato para ser realizada no próximo dia 10 de abril.
E vale lembrar que em 23 de fevereiro, o Instituto Nacional Eleitoral (INE) anunciou que, apesar da redução orçamental que recebeu para 2022, o exercício de democracia participativa a que López Obrado passará terá esse recurso para conhecer os resultados preliminares.
“Essa contagem não terá custo, pois será assumida pelo mesmo comitê responsável pelos processos de 5 de junho devido à falta de recursos e pressões de gastos que o instituto está enfrentando para a organização do exercício de participação direta”, disse a conselheira Carla Humphrey.
No entanto, esse não é o único escândalo que o exercício democrático tem enfrentado, desde o Tribunal Eleitoral do Judiciário Federal (TEPJF) determinou que o “Decreto” sobre propaganda do governo é inaplicável para a revogação do mandato.
Os juízes concluíram que o decreto sobre interpretação autêntica é inaplicável em casos de revogação de mandato, uma vez que foi estabelecida uma exceção à proibição do mesmo, o que viola o que está declarado na Constituição.
Além disso, ele confirmou que as medidas cautelares estabelecidas pela Comissão de Reclamações e Reclamações do Instituto Nacional Eleitoral contra Morena e outros atores políticos continuam em vigor para remover publicações que apoiam a AMLO de suas redes sociais.
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