Diosdado Cabello insinuou uma operação para “decocainizar” a Colômbia semelhante à invasão da Ucrânia

O segundo homem mais forte do regime venezuelano comparou a intervenção russa em território ucraniano a uma incursão para acabar com o tráfico de drogas na área de fronteira

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Diosdado Cabello, um dos homens mais influentes da política venezuelana e do regime de Nicolás Maduro, referiu-se nas últimas horas à situação de conflito na Ucrânia e na Rússia, fazendo uma breve análise deste lamentável acontecimento. Por sua vez, o deputado e oficial militar venezuelano fez uma declaração delicada sobre a Colômbia, portanto, ao relacionar o contexto europeu à tensa situação entre os dois países sul-americanos, insinuou uma possível e suposta invasão ao território colombiano a partir de seu país.

Nesta ocasião, na conferência de imprensa da liderança nacional do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Cabello assegurou que da Rússia eles logo terminariam de remover os nazistas da Ucrânia, após o que ele afirmou que alguém havia proposto “decocainizar” a Colômbia e com isso, veja o que foi deixado no país. É importante notar que a relação do contexto europeu com esta declaração indicaria que o líder político venezuelano deixa no ar uma ideia sobre uma suposta incursão na Colômbia.

Em seu discurso, Diosdado Cabello disse: “O povo da OTAN agora se reuniu com a Rússia que lhes respondeu, a OTAN é o que eles chamam de ordem mundial, é daí que virá a nova ordem mundial, daí o que acontece na Ucrânia, bem, eu não sou um especialista no assunto, mas quanto mais o tempo passa, pior será seja para os nazistas da Ucrânia, porque a desnazificação criará raízes e a desmilitarização também. Alguém disse; porque eles não aproveitam a decocainização da Colômbia para ver o que resta.”

Nas últimas semanas, a Venezuela delineou grande parte de seu poder militar na fronteira com a Colômbia, ao enviar equipamentos de armas fortes acompanhados por militares, para marcar presença nas áreas de fronteira. Em relação a essa operação, surgiram dúvidas sobre a possível presença de tropas russas no país vizinho, no entanto, tudo sugeria que esses soldados lutariam contra os grupos insurgentes que estavam nessa área e atualmente estão atacando os dois países.

O ministro da Defesa, Diego Molano, indicou que essa mobilização de tropas também poderia ser o motivo da visita da delegação dos EUA a este país, a fim de parecer uma boa gestão do conflito. No entanto, essa implantação de autoridades nunca foi clara, o que continua gerando incerteza na Colômbia hoje, incluindo o presidente Ivan Duque afirmou que, diante de qualquer provocação do regime de Maduro, a nação estava preparada para responder em vários contextos.

As relações entre a Colômbia e a Venezuela têm se fragmentado ao longo dos anos, embora tenha havido uma ligação desde a época da Colônia, os dois países diferiram desde a chegada de Hugo Chávez ao cargo. Embora o regime tenha sido um garante em vários processos humanitários e de paz na Colômbia, sua ligação com as extintas FARC foi uma das razões para gerar inimizade. Desde a Colômbia, o regime sempre foi acusado de salvaguardar e proteger os insurgentes, ainda hoje com guerrilheiros como o ELN.

A ruptura das relações diplomáticas ocorreu com o surgimento de Enrique Capriles, que na época era candidato às eleições presidenciais venezuelanas e denunciou supostas fraudes à região. Depois disso, da Venezuela afirmaram que havia um complô contra o regime de Maduro apoiado pela Colômbia, o impulso final para essa fragmentação foi o reconhecimento de Juan Guaidó como presidente deste país, já que o governo de Iván Duque foi um dos primeiros a recebê-lo e exaltá-lo como presidente dessa nação.

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